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Doria anuncia todo o estado de SP na fase amarela um dia após eleição

O governador João Doria (PSDB) anunciou hoje, um dia após o segundo turno das eleições, que seis regiões do estado paulista regrediram para a fase amarela do Plano São Paulo, que coordena as medidas de reabertura da economia no contexto da pandemia de covid-19. Com isso, todo o estado passa para a fase com mais restrições, incluindo a capital e regiões próximas dela. As regiões de Piracicaba, Campinas, Sorocaba, Grande São Paulo, Baixada Santista e Taubaté regrediram na reclassificação.

As novas restrições vêm um dia após o segundo turno das eleições municipais, no qual o atual prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) foi reeleito com o apoio de Doria, e incluem funcionamento limitado do comércio e de bares e restaurantes. A educação não será afetada de acordo com o governo paulista, que prometeu para uma reunião amanhã com os municípios para discutir novas medidas de controle da pandemia nas cidades.

“Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo de São Paulo decidiu que 100% do estado vai retornar para fase amarela do Plano São Paulo. Essa medida não fecha comércio nem bares e restaurantes. A fase amarela não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva para evitar aglomerações e contágio da covid-19”, explicou Doria durante entrevista coletiva sobre a pandemia realizada no Palácio dos Bandeirantes.

“Precisamos do apoio da população”, completou o governador, num pedido que foi reforçado pelas autoridades de Saúde do estado.

No comércio e serviços, a ocupação máxima permitida dos estabelecimentos passa de 60% para 40%, e o horário de funcionamento é limitado a dez horas diárias. O limite de ocupação também vale para bares e restaurantes, assim como o horário reduzido, maior mudança em relação à fase verde. Já o consumo no local segue sendo permitido até as 22h. Além disso, eventos com público em pé estão proibidos.

Novas restrições que começam a valer nas regiões que passaram da fase verde para a amarela - Reprodução/YouTube - Reprodução/YouTube
Novas restrições que começam a valer nas regiões que passaram da fase verde para a amarela

A capital do estado estava na fase verde desde o último dia 9 de outubro. À época, o governo do estado prometeu uma nova reclassificação para 16 de novembro. No entanto, na data marcada Doria e as autoridades de Saúde paulistas alegaram que um problema no sistema de dados sobre a pandemia do Ministério da Saúde tinha comprometido a análise principalmente das estatísticas de novos casos e mortes causadas pelo coronavírus.

Mesmo assumindo que o estado tinha apresentado 18% de aumento nas internações pela covid-19, o que podia ser comprovado porque esses dados não passam pela pasta federal, o governo paulista adiou a reclassificação em duas semanas. Assim, marcou a nova avaliação para o dia seguinte ao segundo turno das eleições municipais.

Foram 52 dias sem uma nova reclassificação. Anteriormente, até o início de setembro, o governo paulista vinha fazendo avaliações quinzenais do Plano São Paulo. Doria anunciou que uma próxima reclassificação será feita em 4 de janeiro. Já o Centro de Contingência da covid-19 no estado vai aumentar a frequência de análise dos dados da pandemia, fazendo essa tarefa semanalmente.

A primeira vez em que todo o estado ficou na fase amarela foi ainda no início de setembro.

O governo paulista então ampliou o período de reclassificação do Plano São Paulo e prometeu que regiões poderiam regredir diretamente para a fase vermelha em caso de piora nos índices da pandemia, sem passar pela laranja. Na prática, porém, isso nunca aconteceu.

Fiscalização intensificada
Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde, anunciou que o governo intensificará significativamente a fiscalização para garantir o cumprimento das novas medidas.

Gorinchteyn afirmou que a administração estadual pretende quadriplicar o número de fiscais para tentar impedir aglomerações. Nas últimas semanas, festas clandestinas, por exemplo, têm sido relatadas com frequência no estado.

“Todos nós temos que impedir que o vírus continue circulando”, afirmou Gorinchteyn.

O secretário negou que o governo tenha reduzido a fiscalização nas últimas semanas.

Segundo Gorinchteyn, o estado realizou até agora mais 110 mil ações de fiscalizações e aplicou mais de mil atuações.

O secretário afirmou que a população necessita de mais “responsabilidade” neste momento de piora da pandemia. A preocupação de Gorinchteyn foi seguida por João Gabbardo, que é o coordenador-executivo do Centro de Contingência.

“Não estamos nem um pouco confortáveis com dados dessa última semana. O fato de as regiões regredirem devem representar essa preocupação”, disse Gabbardo.

Já Doria reconheceu que o isolamento social tem apresentado esgotamento. “O país está exausto de isolamento, de contingência. Reconhecemos isso. Ainda temos que mantê-las com firmeza, com respeito à ciência e saúde”, afirmou.

Fonte: UOL

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