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Entenda os riscos e sintomas dos casos de covid-19 que crescem em todo o país

Novas subvariantes fazem crescer casos e internações em todo o país. Uso de máscaras é recomendado em locais fechados, aglomerações e obrigatório em aeroportos e aviões

covid aeroportos
Anvisa determinou obrigatoriedade de máscaras em aviões e aeroportos a partir de sexta-feira (25) – Lucília Falcão/Gov. Ceará

A covid-19 apresenta crescimento no número de contágios e de internações em todo o Brasil. O boletim InfoGripe mais recente mostra elevação dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em todas as regiões. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o informe nesta quarta-feira (23). Destaque negativo para São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba, que concentram maior intensidade de contaminação por covid-19, comsintomas similares aos apresentado pela variante ômicron.

O pesquisador responsável pelo boletim, Marcelo Gomes, reforça a importância do combate ao vírus. “Para diminuir a transmissão, é extremamente importante que a população retome o uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, estar com a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da doença”, disse.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu ontem que as máscaras passarão a ser obrigatórias em aeroportos e aviões a partir desta sexta-feira (25). A obrigatoriedade havia caído em agosto. Anvisa recomenda o ainda o uso em todos os lugares fechados e destaca atenção especial para férias escolares e festas de fim de ano. Isso porque, neste período, reuniões com aglomerações são mais frequentes.

Gomes também alerta para o período. “É importante o uso de boas máscaras, PFF2 e N95, ou a máscara cirúrgica por baixo da máscara de pano. Especialmente agora, que estamos nesta situação de Copa do Mundo, uma série de eventos. É muito importante o uso de boas máscaras, especialmente em ambientes fechados ou com aglomerações, com pessoas próximas umas das outras. Isso vai ajudar a diminuir a capacidade de transmissão.”

Casos graves

Os dados da Fiocruz apontam que os casos graves também estão em elevação. Até então, as informações davam conta do aumento do contágio sem maiores impactos para o sistema de Saúde. Contudo, com ritmo acelerado, os hospitais voltaram a sofrer com a pressão pela demanda, embora não exista expectativa de falta de leitos. Isso porque as vacinas seguem cumprindo o papel de evitar agravamentos e, especialmente, mortes. Inclusive, cientistas apontam que os mais afetados por esta nova onda da covid-19 são aqueles que, ou não se vacinaram, ou estão com doses em atraso.

“É uma retomada da covid-19 em internações e hospitalizações. Casos graves voltaram a ganhar importância, principalmente na população adulta, acima de 60 anos, em um número cada vez maior de estados”, salienta Gomes. O pesquisador também reforça a necessidade da vacinação em dia. “Nesse momento, observamos isso em todas as regiões. Há duas semanas, tínhamos um número pequeno de estados nessa situação. É um cenário fundamentalmente nacional que indica que temos uma situação clara de retomada da covid (…) estar com a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da doença.”

Sintomas da covid-19

A nova onda da covid-19 no Brasil tem relação com a circulação de novas subvariantes da variante ômicron da covid-19. As principais são a BA.5 e a BQ.1. Estudos preliminares indicam que elas são mais contagiosas e podem provocar sintomas mais graves. Especialmente a BA.5. Estudo conduzido nos Estados Unidos, onde a cepa é dominante, indica até três vezes maior risco de hospitalização.

Os sintomas destas subvariantes são similares à ômicron. Trata-se de uma infecção mais leve do que a cepa original (de Wuhan) e mesmo do que as variantes alfa, beta, gamma e delta, que circularam no mundo quando ainda não havia vacina. Contudo, os pacientes relatam peculiaridades de cada subvariante.

Covid BA.5

Entre os principais sintomas relatados dessa subvariante da covid-19 estão: fadiga, problemas pulmonares e cardíacos, distúrbios digestivos, complicações do diabetes e problemas neurológicos aumentados a cada reinfecção.

Covid BQ.1

Os sintomas mais comuns relatados são parecidos com o de resfriados. Coriza, dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e febre.

Ômicron (cepa original)

Primeiramente, a ômicron, que dominou o cenário epidemiológico já em meio às vacinas, apresenta a perda do olfato ou paladar. Na sequência, cansaço extremo, dores no corpo, dores de cabeça e na garganta.

Cepa de Wuhan

A primeira cepa viral foi identificada na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei. De acordo com dados do Instituto Butantan, os principais sintomas eram: febre, tosse seca, cansaço e perda do paladar ou do olfato. Na sequência, vinham dores de cabeça, garganta inflamada, olhos irritados, diarreia, problemas dermatológicos e, principalmente, falta de ar com confusão mental.

Fonte: Rede Brasil Atual

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