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Governo Bolsonaro não negocia e médicos peritos do INSS param por 24 horas

A paralisação de 24 horas dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por recomposição salarial de 19,99% e melhores condições de trabalho, pegou a maioria dos trabalhadores de surpresa e muitos se depararam com portões e portas fechadas.

Este foi o caso dos 210 segurados que tinham perícia marcada para esta segunda-feira (31) na Praça da Bandeira (RJ), segundo reportagem da TV Globo. No local, encontraram um aviso sobre a paralisação. Agora, vão ter de reagendar as perícias.

O “Dia Nacional de Advertência”, como a mobilização vem sendo chamada pela Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) foi marcado após negociações frustradas com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, liderado por Onyx Lorenzoni, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL), o presidente que mais ataca direitos dos trabalhadores.

O presidente da ANMP, Luiz Carlos Argolo, disse à reportagem do UOL que a previsão é que 2.000 dos 3.000 peritos em atividade paralisem as atividades nesta segunda-feira.

Perícias terão de ser reagendadas

No total, a paralisação deve afetar 25 mil perícias agendadas, o que representa 5% das 500 mil perícias realizadas mensalmente pelo órgão segundo estimativa da ANMP, que organiza a mobilização e orienta os segurados afetados a procurar o INSS para reagendamento. A nova data dependerá da agenda de cada agência do INSS, segundo o site da ANMP.

Fila de espera

A fila de espera virtual para fazer perícia e ter benefícios liberados, que começou no desgoverno Bolsonaro, tem mais de 1,8 milhão de segurados e vai aumentar tanto por falta de gestão eficiente quanto de negociação com os médicos peritos. São no total 1.846.252 requerimentos – 551.353 benefícios estão em situação de análise dentro do prazo de 45 dias e 1.294.899 ultrapassaram o prazo legal de 45 dias. Só no estado de São Paulo, 98.236 pessoas estão aguardando análise.

Por que fazer perícia médica

As perícias médicas são exigidas pelo INSS para concessão ou prorrogação de benefícios previdenciários, como a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença. Também são realizadas para liberar o empregado para a volta ao trabalho.

Outras reivindicações dos peritos

Os peritos reivindicam também a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária, distribuição igualitária de agendamentos entre os peritos dos turnos da manhã e tarde, direito a feriados e recessos sem atendimentos e o fim das lacunas na agenda (espaços de tempo sem atendimentos).

Segundo Argolo, “por um erro do sistema e pela incompetência dos atuais gestores” milhares de servidores que trabalham à tarde realizam poucos ou nenhum atendimento.

A entidade demanda também o fim da teleperícia (Perícia Médica com Uso de Telemedicina ou Teleavaliação), que considera desnecessária para diminuição da fila e ineficaz para fins da avaliação médica, e realização de concurso público para preencher uma lacuna de 3.000 vagas.

Fonte: Redação CUT

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