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JBS é condenada a pagar R$ 650 mil por demissão coletiva em frigorífico no MT

A JBS, dona das marcas Friboi e Seara, firmou acordo com o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT), para pôr fim ao processo movido contra o frigorífico por irregularidades na dispensa coletiva de 650 trabalhadores da unidade de São José dos Quatro Marcos, em 2015.

Ficou estabelecida uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 650 mil. Já foram depositadas em Juízo 4 parcelas de R$ 130 mil, sendo que a última deverá ser paga este mês.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), Artur Bueno de Camargo, foi entrevistado na quinta-feira, dia 14, na Rádio Web Agência Sindical. Para ele, esse é o resultado do bom relacionamento que a entidade tem com Ministério Público do Trabalho.

“Existe uma determinação do TST que qualquer demissão coletiva tem de haver uma negociação com a entidade sindical. Só que essas grande empresas não respeitam isso e demitem sem qualquer aviso. Por isso, acionamos o Ministério Público do Trabalho, que analisou o caso e condenou a JBS”, explicou Artur.

De acordo com o dirigente, não existe respeito aos trabalhadores por parte dos grandes grupos. “Eles tratam os empregados como objetos. Na visão empresarial, são peças totalmente descartáveis. Nós temos que fazer com que essas empresas tenham uma visão mais humana”, diz.

Caso
Na época em que a demissão em massa ocorreu, a planta, pertencente à JBS desde 2013, era a única empresa de grande porte da cidade de São José dos Quatro Marcos, empregando cerca de 15% da população economicamente ativa do local. Estimativas da prefeitura mostraram, inclusive, que 1/4 dos empregos no município estavam de alguma forma ligados ao funcionamento do frigorífico.

“Essa decisão realmente mostra que ainda existem caminhos para buscarmos soluções justas e que sejam favoráveis aos trabalhadores. Mas é preciso que o movimento sindical cobre isso do Ministério Público. Onde tiver demissão em massa, o Sindicato tem que denunciar”, conclui Artur Bueno.

Fonte: Agência Sindical

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