Jornalistas de jornais e revistas de São Paulo param nesta terça (23) por 4 horas
Jornalistas de jornais e revistas de São Paulo paralisam as atividades nesta terça-feira (23) pela segunda vez neste mês reivindicando reajuste salarial – recomposição de 8,9% referente à inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC), entre junho de 2020 e maio de 2021.
No último dia 10, a categoria cruzou os braços durante duas horas. Nesta terça, a paralisação vai durar quatro horas
A bancada patronal, segundo o Sindicato dos Jornalistas de S.Paulo, manteve a mesma contraproposta e pediu que a categoria apresenta nova proposta para que as empresas tenham “condições de dar continuidade às negociações”.
No último dia 9 de novembro, os jornalistas rejeitaram por unanimidade a proposta das empresas, que ofereceram três faixas de reajuste e a volta da multa da PLR reajustada em 8,9%.
Confira proposta patronal:
. Para salários de até R$ 5 mil, o reajuste salarial seria pela inflação (8,9%), sendo 5% retroativo à data-base em junho e a diferença em janeiro;
. Já os salários entre R$ 6 mil e R$ 7 mil sofreriam reajuste de 6% em duas parcelas, sendo 5% em junho e a diferença em janeiro;
. Os salários superiores a R$ 7 mil teriam reajuste fixo de R$ 420, sendo R$ 350 retroativo a junho e a diferença em janeiro.
. O pagamento das diferenças se daria em duas parcelas: em novembro e dezembro.
A categoria rejeitou a proposta patronal e reafirmou o pleito pelo reajuste de 8,9% para todos os salários, sendo 5% retroativo a junho e 3,72% em novembro e o reajuste da multa PLR em 8,9% e informou às empresas a disposição para a paralisação de quatro horas caso as negociações não avançassem.
Sindicato denuncia tentativa de intimidação no Valor Econômico
O Sindicato dos Jornalistas, em carta enviada aos patrões, denunciou e repudiou os casos de explícita tentativa de intimidação a profissionais do jornal “Valor Econômico”. Segundo inúmeros relatos, as chefias superiores queriam uma lista dos profissionais que aderiram à paralisação, ameaçando inclusive com demissões caso a atual proposta patronal não seja aceita. Leia a carta enviada ao patronal abaixo.
Fonte: Redação CUT