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Mais além da fome: ação busca melhoria na educação e moradia de vulneráveis

Marmitas, cestas básicas, lanches para as crianças, kits de produtos de higiene, roupas, calçados e até cobertores. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, um projeto social que surgiu durante a pandemia do novo coronavírus busca ajudar comunidades carentes de diferentes maneiras.

Os voluntários viram o avanço dos problemas sociais no último ano e criaram um grupo de solidariedade no WhatsApp para começar a arrecadar doações para as comunidades. De abril de 2020 até agora, o projeto ajudou mais de três mil pessoas.

O trabalho foi idealizado pela pedagoga Daiane Kaminski, que percebeu o crescimento no número de crianças pedintes nas ruas. “No ano passado, com o fechamento das atividades da cidade, vendo crianças irem para rua pedir e sabendo da necessidade em lugares que eu já conhecia, eu me mobilizei intensamente para arrecadar alimentos”, disse a pedagoga.

Nascia o projeto Fome de Quê, que mobiliza pessoas a identificar e buscar soluções de problemas nas comunidades em vulnerabilidade de Porto Alegre. “Aumentou absurdamente o número de pessoas vivendo nas ruas, voltamos a ter crianças pedindo e vendendo nas sinaleiras. Passei a pesquisar comunidades em extrema carência e me deparei com uma realidade de fome e inexistência de condições mínimas para viver com alguma dignidade”.

A pedagoga explica que a ação busca identificar as necessidades de cada comunidade. O nome do projeto, aponta ela, indica que as populações vulneráveis têm fomes diferentes: de educação, moradia, cultura, não somente de alimentação.

É com essa atenção que os voluntários visitam os locais e fazem pesquisa de junto a lideranças comunitárias. “Já foram mais ou menos 25 comunidades atendidas em Porto Alegre e região metropolitana. Seguimos com vários projetos e ações. Entrega de cestas básicas, kits de higiene para mulheres puérperas muito pobres e encerramos uma campanha do agasalho com muito sucesso.”

Os vários pedidos de ajuda que o projeto recebe ainda sensibilizam a todos os voluntários mesmo já estando há um ano resolvendo problemas nessas comunidades.

“São crianças me perguntando se temos leite, inúmeras mulheres, únicas responsáveis por suas famílias, na maioria das vezes muitos filhos e passando por todas as necessidades que se possa imaginar. Isso nos motiva a continuar”, justificou Daiane.

“Em uma comunidade construímos dois banheiros completos, com materiais bons. As crianças aprenderam a escovar os dentes, nunca tinham visto água correndo de chuveiro. Outra situação muito emocionante é que incluímos livros infantis em todas as ações”, continuou.

Paula Guedes é coordenadora de uma cooperativa de reciclagem formada por mães chefes de famílias e contou como conheceu o Fome de Quê. “A gente ficou sem salário quando fechou tudo na pandemia. Postamos nas redes sociais pedindo ajuda porque são mais de dez mães tirando o sustento da cooperativa. O projeto viu nossa postagem e veio até nós nos apoiar com cestas básicas e se colocando à disposição para outras demandas”, disse.

“A Daiane é uma supermãe, super-mulher, superamiga. E está sempre com a gente. Se hoje temos o nosso galpão, foi graças à ajuda dela”, acrescentou.

Como ajudar

Para conhecer mais o projeto, basta acessar o perfil no Instagram ou entrar em contato pelo WhatsApp: (51) 99998.1166. Doações em dinheiro podem ser feitas pelo Pix (chave número de celular): 51 999981166.

Fonte: Ecoa/UOL

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