Metalúrgicos do ABC conseguem reajuste pela inflação. Parte das empresas terá greve
Oito sindicatos patronais concordaram em pagar 10,42% de uma só vez, enquanto outros quiseram parcelar ou não apresentaram proposta
O acordo foi aprovado em assembleia geral na última sexta (24), em Diadema. Concordaram com o reajuste integral os setores de trefilação, esquadrias, refrigeração/aquecimento de ar, fundição, funilaria/pintura, condutores elétricos, artefatos de ferro e metais e autopeças, forjaria e parafusos. Nos três últimos casos, o reajuste chegou a 10,5%. Além disso, as convenções coletivas serão renovadas.
Quanto aos grupos que não fecharam acordo, os metalúrgicos citam o G10 (lâmpadas e outros setores) e o G2 (máquinas). O primeiro não faz acordo com a FEM-CUT (federação estadual) há cinco anos. Já o outro bloco propôs parcelamento em três vezes.
Mais cláusulas sociais
Segundo o secretário-geral da federação, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, a princípio boa parte da representação empresarial resistiu ao reajuste pelo INPC, alegando surpresa com o patamar elevado da inflação medida pelo IBGE. Ele afirmou que um dos objetivos é buscar novas cláusulas sociais, particularmente quanto à nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos, além de investimento em tecnologia.
São no total 13 sindicatos de metalúrgicos ligados à CUT em São Paulo. No caso dos metalúrgicos do ABC, a campanha envolve 45 mil trabalhadores. Outros 22 mil estão em montadoras, que têm negociação à parte.
Fonte: Rede Brasil Atual