‘Mulheres contra Bolsonaro’ organizam ato em todo Brasil. Em Campinas será no Largo do Rosário
No sábado, 29 de setembro, milhares de mulheres irão às ruas de todo o Brasil protestar contra o presidenciável de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL).
A organização dos protestos ganhou força com o grupo no Facebook “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, que em uma semana reuniu cerca de 2 milhões de mulheres críticas ao militar reformado de ultradireita.
Em Campinas, a manifestação está marcada para o dia 29 de setembro, às 17 horas, no Largo do Rosário, centro da cidade.
O grupo”Mulheres Unidas contra Bolsonaro’ acabou saindo do ar, após ter sido invadido com a imagem de capa trocada para o teor a favor de Bolsonaro e suas moderadoras sofrerem ameaças.
A rejeição de mulheres a Bolsonaro chega a 49% do eleitorado feminino, segundo pesquisa do Datafolha do dia 10/9. Ou seja, praticamente metade do eleitorado feminino (que corresponde a 53% do total do eleitorado brasileiro) não aceita votar nele de jeito nenhum.
O candidato já deu diversas manifestações machistas e misóginas. Ele disse à deputada Maria do Rosário que só não a estupraria porque ela “não merece”, o que lhe rendeu um processo. É dele, também, a seguinte frase: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.
Em uma entrevista ao jornal Zero Hora, em 2014, disse que não achava injusto uma mulher ganhar menos do que o homem para a mesma função, pois mulher engravida e tem licença maternidade.
Em entrevista à revista Playboy em junho de 2011 Jair Bolsonaro afirmou que prefere um filho morto a um herdeiro gay e diz que ser vizinho de um casal homossexual é motivo de desvalorização de imóvel.
“Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”, disse.
Fonte: Carta Campinas