Artigos de menuUltimas notícias

“Nada blinda preto de racismo”, diz Gloria Maria no Roda Viva

A repórter falou sobre os episódios raciais que sofreu ao longo da carreira e a preocupação com as filhas

Reprodução/ TV Cultura
Reprodução/ TV Cultura

A repórter e apresentadora Gloria Maria, foi a entrevistada do Roda Viva desta segunda-feira (14).

Com passagem pelo Jornal Nacional, Hoje, RJTV e Fantástico de 1988 a 2007, cobriu assuntos diferentes entre si, como a Guerra das Malvinas, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).

A jornalista Claudia Lima, pauteira do programa Saia Justa, perguntou à Gloria Maria sobre o racismo que a apresentadora sofreu ao longo da carreira. Claudia Lima questionou se a fama, de certa forma, blindou a repórter de ataques preconceituosos.

Nada blinda preto de racismo, nada. E com mulher preta é pior ainda. Nós somos mais abandonadas e discriminadas, porque o homem preto não quer a mulher preta. Nada blinda a gente. Você tem que aprender a se blindar da dor, isso é importante. Se você for esperar uma proteção universal, você está perdida. Você tem que fazer com que a vida te faça aprender a se blindar.

Assista ao trecho completo: 

A jornalista ainda ressaltou a preocupação que sente com as filhas. Gloria Maria afirmou que as duas filhas já sofreram algum tipo de preconceito racial. As duas meninas passaram por episódios de racismo nas escolas, que, segundo a repórter, são colégios de elite. 

“Uma vez a Laura chegou em casa e disse que um amigo chamou a cor dela de feia. Ela chegou em casa muito tocada, e a gente sentou e conversou. Eu usei o grupo de mães para contar o que tinha acontecido e que elas orientassem os filhos. Mas isso não vem da criança, isso vem da família. O racismo é uma coisa que você em casa”, contou.

Gloria Maria argumenta que o racismo é “ensinado” desde muito cedo às crianças, o que,  geralmente, é passado em casa pelos pais. A jornalista afirma que o papel dos cidadãos é instruir os mais jovens a se protegerem contra episódios raciais, uma vez que em sua avaliação, não há como o racismo acabar.

Fonte: UOL/TV Cultura

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.