Tabu sexual como política do governo Bolsonaro facilita a prostituição infantil e a pedofilia
As ideias exóticas e bizarras do governo Bolsonaro, exaladas por ministros como Damares, Alvim e Weintraub e outros, e que mistura tudo que há de pior na humanidade, vão se constituir como uma tragédia para as crianças pobres brasileiras. Mas não só as crianças pobres. A pedofilia também alcança outras classes sociais
O avanço reacionário de recolocar a questão sexual como tabu social, que não pode ser falado e debatido, anuncia a tragédia. Junto com tudo isso, a proibição da educação sexual e da educação de gênero nas escolas tende a facilitar a vida de quem abusa das crianças, seja por meio da prostituição infantil ou mesmo da pedofilia.
A prostituição infantil, todos sabem, é o efeito colateral da desigualdade social, abandono da população pobre e das crianças, baixo investimento em educação etc.
Ao promover uma política que retiras direitos da população mais pobre, dos trabalhadores, precariza a vida e a moradia, reduz o Bolsa Família e programas sociais, o governo está jogando crianças para as garras da prostituição infantil. Sexo por um trocado.
A pedofilia também se beneficia do sexto como tabu. Crianças sem informações são presas mais fáceis e inocentes de pedófilos. A escola, junto com a sociedade, professores e orientadores educacionais, são as únicas formas de tentar proteger as crianças da violência sexual doméstica ou social.
Desigualdade social, miséria e proibição da educação sexual e de gênero nas escolas são uma mistura explosiva da pedofilia e da prostituição infantil.
Há inúmeros casos na mídia, por exemplo, de abuso sexual cometidos por religiosos até com mulheres adultas por total desinformação sexual dessas mulheres.
Essa política vai fazer isso, montar todos os ingredientes que facilitam a prostituição infantil e a pedofilia e depois vão dizer que a culpa é da família e dos país, que não educam suas crianças. Jogam as famílias pobres aos leões e depois culpam os pais por não proteger as crianças.
Fonte: Carta Campinas