Campanha

Caminhada contra violência reúne mulheres na Arautos da Paz

O frio e o mau tempo inibiram, mas não impediram a caminhada organizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher na manhã do último domingo, dia 25 de novembro, na Praça Arautos da Paz, ao lado do Parque Taquaral.

 

As diretoras do SEAAC Campinas e Região, Elizabete Prataviera, Luciana P. Franco e Regiane Barbosa Vianei Marcatto, além da conselheira fiscal Fernanda Aparecida Urbano Lucchesi e da suplente de Diretoria Anna Carolina Delfino Hipóilito de Moraes, participaram do evento ao lado de trabalhadoras da categoria de Agentes Autônomos do Comércio.

 

A ação faz parte da “Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher”. Com o lema “Violência doméstica, não pactue com essa covardia”, o grupo entoou cânticos e convidou os frequentadores do local a se solidarizarem e se conscientizarem sobre o tema.  

 

Para a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres da Prefeitura de Campinas e organizadora do evento, Sara Alves de Oliveira Costa, o mais importante é não calar a voz das mulheres que sofrem violência. “Estamos aqui em número reduzido por causa do mau tempo, porém não podemos perder o foco. A luta não pode parar”, completou.

 

A administradora de empresas Maria (nome fictício, porque ela preferiu não se identificar) enfrentou a chuva e o frio para tentar chamar a atenção da sociedade campineira. “Fui casada durante oito anos e sofri violência durante todo esse tempo. Com meu marido não tinha diálogo e eu cheguei até a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Mulheres, mas nada aconteceu. Depois de fazer terapia e muito cansada, decidi não mais me submeter e me separei. Hoje vivo feliz com meu namorado que é um homem compreensivo e totalmente diferente do meu ex-marido”, concluiu.

 

Histórico

Desde 1991 é realizada mundialmente a “Campanha dos 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra a Mulher”, sempre entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro. Atualmente, a campanha acontece em mais de 100 países.

 

Inicialmente, o objetivo desta campanha no Brasil era pela aprovação de uma legislação específica de?enfrentamento?à violência contra a mulher. O objetivo foi conquistado em 7 de agosto de 2006, com a promulgação da lei Maria da Penha 11.340. A Lei Maria da Penha trata da violência psíquica, patrimonial, física, moral e sexual e demais violências sofridas pelas mulheres em seu cotidiano.

 

Confira a programação da “Campanha dos 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra a Mulher” em Campinas:

Horário: 9h – Caminhada “Movimento das Mulheres pelo Fim da Violência de Gênero”

Local: Lagoa do Taquaral (concentração na Praça Arautos da Paz próximo ao 4° Distrito Policial)

 

26 de novembro

– Dia da Beleza

Horário: das 9h às 16h 

Endereço: Rua Doutor Quirino, 1856 – Centro (2°andar)

 

27 de novembro

– Exibição do filme “Terra Fria”

Horário: 13h30 

Local: Salão Vermelho (Paço Municipal)

Endereço: Avenida Anchieta, 200 – Centro

 

28 de novembro

– Oficina Socioeducativa: “Violência contra a Mulher”

Horário: 9h 

Local: CIC Vida Nova

Endereço: Rua Odete Therezinha Santucci Octaviano, 92 – Vida Nova

 

– Grupo de Mulheres do Ceamo “Vivenciando e enfrentando a Violência de Gênero”

Horário: 14h

Local – Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo)

Endereço: Rua Francisco Alves, 112 – Botafogo

 

30 de novembro

– Palestra: “Violência contra a Mulher”

Horário: 14h 

Local: Centro de Educação e Assessoria Popular (Cedap)

Endereço: Rua Barão de Atibaia, 890 – Vila Itapura

 

– Seminário: Saúde no Trabalho e Assédio Moral – Inscrições antecipadas pelo telefone 3254-9263 – Ramal 4

Horário: 19h 

Local: Salão Vermelho (Paço Municipal)

Endereço: Avenida Anchieta, 200 – Centro

 

3 de dezembro

– Atividade recreativa das mulheres do Ceamo e seus filhos

Horário: 8h

Local: Hopi Hari

 

6 de dezembro

Campanha do Laço Branco – Distribuição de fitas para simbolizar o movimento dos homens pelo fim da violência contra a mulher

Horário: durante o expediente

Locais: Paço Municipal, Unidades Básicas de Saúde, Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), sindicatos e escolas