Contra os abusos
FEAAC E SEAACs realizam manifestações por melhores condições de trabalho e salários aos trabalhadores em Casas Lotéricas
Foi dada a largada em busca de melhores reajustes salariais e condições de trabalho para os trabalhadores em Casas Lotéricas. Na manhã desta terça-feira, dia 21, a FEAAC e os Sindicatos filiados e que negociam em conjunto no patronal da categoria econômica que representa os empresários lotéricos, realizaram manifestação nas cidades de Taubaté e São José dos Campos.
Os representantes dos SEAACs também alertaram a população sobre a paralisação das atividades das Casas Lotéricas no mesmo período da greve dos bancários. A diretoria do SEAAC Campinas participou da manifestação realizada em Taubaté representada pela presidente Elizabete Prataviera, pela secretária-geral, Luciana P. Franco, pelo diretor-secretário de Negociações, Marcos Aparecido Emídio e pelo diretor-secretário de Saúde e Previdência Social, Valter Ribeiro da Silva.
Nas lotéricas de Campinas houve uma panfletagem na segunda-feira, dia 20, quando os diretores de Campinas convidaram as trabalhadoras a aderir à paralisação nacional dos bancários como forma de pressionar os patrões das lotéricas
O movimento teve boa recepção dos empregados e da população. “Vimos nos olhares de todos os empregados o ‘ar’ de satisfação enquanto reivindicávamos, em frente às Casas Lotéricas, por salários dignos, percentual decente de quebra-de-caixa, vale refeição justo, piso salarial maior e outros benefícios”, contou a presidenta do SEAAC de Americana e Região e diretora da Secretaria da Mulher da FEAAC, Helena Ribeiro da Silva.
A manifestação serviu de denúncia contra os empresários que se comportam como “testas de ferro” da Caixa Econômica Federal, usando alegações de desiquilíbrio contratual com a instituição bancária federal, como desculpa para explorar os empregados.
“Os empresários pagam um salário de fome e um vale refeição vergonhoso, e não desejam negociar reajuste salarial e nem aumento desses benefícios, mesmo tendo capacidade econômica para suportar um reajuste”, protestou o diretor presidente do SEAAC de Santo André e Região e diretor de Negociações da FEAAC, Vagney Borges de Castro.
Atualmente, a atividade lotérica foi desvirtuada e as Casas Lotéricas foram transformadas em supermercados financeiros, sem, no entanto, ter uma estrutura física, segurança e de informática adequadas. “Eles precisam dar condições dignas e decentes aos seus trabalhadores”, complementou Marcelo Ribeiro da Silva, presidente do SEAAC de São José dos Campos.
Os dirigentes também cobraram responsabilidade da Caixa, pois terceiriza os seus serviços aos lotéricos, paga prêmios bilionários, mas não destina se quer 0,1% desse prêmio aos seus empregados. “Portanto, são tão responsáveis quanto os empregadores lotéricos”, concluiu a dirigente Helena.
A FEAAC encerrou as atividades em Taubaté e São José dos Campos, mas informou que o movimento está apenas começando e outras manifestações já estão programadas para outras cidades do Estado. “A greve é o caminho que se busca para quebrar com a intransigência dos empresários lotéricos”, disse Castro. “Não vamos parar por aqui, continuaremos com as manifestações e ações até que nossas reivindicações sejam de fato atendidas”, pronunciou a presidenta do SEAAC de Americana e Região.
O movimento foi coordenado pela FEAAC e teve a participação dos SEAAC’s de Americana, Araçatuba, Araraquara, Campinas, Marília, Santos, Santo André, São José dos Campos e Sorocaba e suas regiões.
