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Covid-19: Anvisa aprova vacinas bivalentes para reforço na população acima de 12 anos

Os imunizantes da Pfizer, aprovados nessa terça (22), são atualizados contra subvariantes da Ômicron que vêm sendo responsáveis pelo aumento de casos de covid no país. Máscaras voltam a ser exigidas na sexta (25) em aviões e aeroportos

A equipe de transição do presidente eleito, Lula, na área da saúde cobrou do Ministério da Saúde a aquisição das vacinas bivalentes em reunião nesta terça (22) – Foto: Marcello Casal Jr./ABr

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria, na noite dessa terça-feira (22), para aprovar o uso temporário e emergencial de duas vacinas bivalentes contra a covid-19. Os imunizantes, produzidos pela Pfizer, serão usados na dose de reforço da população a partir de 12 anos, três meses depois da última dose, para proteger contra as subvariantes da Ômicron do novo coronavírus.

Consideradas de segunda geração, as vacinas bivalentes protegem tanto contra a variante original do vírus SARS-CoV-2, da Província de Wuhan, na China, como contra as últimas subvariantes da Ômicron (BA.1), (BA.4) e (BA.5). Em duas horas de sessão, três dos cinco diretores já haviam votado pela aprovação dos imunizantes. Um primeiro pedido de uso tinha sido pedido pela Pfizer ainda em agosto, contra a subvariante BA.1. No final de setembro, a fabricante ingressou com um segundo requerimento de análise contra as subvariantes BA.4 e BA.5.

A decisão da diretoria colegiada da Anvisa ocorre em um momento de aumentos de casos de covid no país ligados à circulação dessas novas cepas. Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu alerta sobre a circulação de novas linhagens pelo Brasil. Uma delas reduz as barreiras para o vírus entrar nas células humanas. Enquanto a outra aumenta o risco de infecção. Oficialmente, a pasta indicou um aumento de 120% na média móvel de casos na semana de 6 a 11 de novembro em relação à semana anterior. Os óbitos também subiram 28% no mesmo período comparado.

Importância das vacinas
Já o consórcio de veículos da imprensa comercial calcula uma alta de 240% na média móvel de casos nos últimos 14 dias. São ao menos 14.971 diagnósticos positivos para a covid por dia. Enquanto a média de mortes é um pouco menor, de 18%, com 45 vidas perdidas diariamente.

De acordo com a diretora da Anvisa, Meiruze Souza Freitas, relatora do processo, o objetivo agora é com o reforço das vacinas bivalentes se expanda a resposta imune específica à variante Ômicron melhorando a proteção dos brasileiros. As vacinas originais continuam eficazes, mas as bivalentes acrescentam uma opção de imunização. Durante seu voto, a diretora destacou também que os imunizantes já são usados em várias partes do mundo. No caso da vacina BA.1, ela já está em uso em 35 países. E as vacinas BA.4 e BA.5 foram aprovadas em ao menos 33 nações, como no Canadá, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, entre outros.

Meiruze conclamou, contudo, que a população se atente para a importância da vacinação. Ela advertiu que ainda não se sabe a gravidade das novas cepas. “As pessoas, principalmente os grupos de maior risco, não devem atrasar sua vacinação de dose de reforço já planejada para esperar o acesso à vacina bivalentes, pois todas as vacinas de reforço aprovadas ajudam a melhorar a proteção contra casos graves e morte por covid-19”, alertou a diretora da Anvisa.

Responsabilidade do atual governo
Os imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para facilitar a identificação. As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA mensageiro, em que uma parte da proteína spike – responsável pela fixação do vírus nas células – é injetada para estimular a produção de anticorpos. Caberá agora ao atual governo de Jair Bolsonaro (PL) realizar a compra das vacinas bivalentes.

Ainda nesta terça, a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área da saúde cobrou do Ministério da Saúde a aquisição dos imunizantes. O objetivo do próximo governo é implementar uma ampla campanha de vacinação de doses de reforço logo no início da gestão petista. Um dos coordenadores do grupo de saúde da transição, o senador Humberto Costa (PT-PE) ressaltou, em entrevista o jornal Valor Econômico, que a responsabilidade de agilizar o processo de compra é do governo atual.

“Se você não tiver vacina para todo mundo logo de imediato, pelo menos que se garanta para aquelas camadas mais vulnerabilizadas”, ponderou Costa. “O problema é que tem muita gente que não se vacinou até agora. Em termos de reforço, só 50% tomaram a terceira dose. Se levar em consideração a quarta dose, é um percentual ainda menor”, lamentou.

Máscaras em aeroportos e aviões
Diante do aumento de casos de covid, na mesma reunião, a Anvisa também decidiu retomar a obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e aeroportos. A medida começa a valer nesta sexta (25). Ela havia sido derrubada pelos diretores há pouco mais de três meses, depois de ter ficado em vigor de 2020 a 17 de agosto de 2022. Na ocasião, os técnicos da agência consideraram que o cenário da pandemia, na época, permitiu que a proteção facial fosse recomendada, mas não imposta aos viajantes.

A partir de sexta, no entanto, a máscara volta a ser obrigatória em terminais aeroportuários e aeronaves, como em meios de transporte e outros estabelecimentos nessas áreas. O equipamento deverá estar ajustado ao rosto, cobrindo o nariz, a boca e o queixo. Somente será permitida a remoção da proteção facial para hidratação e alimentação. Apenas crianças com menos de três anos, pessoas com deficiência que as impeçam de fazer o uso adequado da máscara estão isentas da obrigatoriedade.

A nova norma também veta o uso de lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional. Equipamentos confeccionados com apenas uma camada de proteção também estão proibidos.

Fonte: Rede Brasil Atual/com informações da Agência Brasil e do G1

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