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Greve dos ferroviários na CPTM termina com acordo entre governo e sindicatos

Após acordo entre o governo de São Paulo e sindicatos dos ferroviários, foi encerrada na tarde desta quinta-feira (15) a greve que teve início na madrugada. A greve ocorreu porque a CPTM não cumpriu a convenção coletiva e não reajustou o salário dos trabalhadores, além de deixam de pagar duas parcelas do Programa de Participação nos Resultados de 2020.

Foto: Artur Luiz

Mais cedo, nove centrais sindicais divulgaram a seguinte nota de apoio à greve:

Centrais Sindicais apoiam greve dos ferroviários de São Paulo

As centrais sindicais manifestam total apoio aos ferroviários e ferroviárias de São Paulo que, em virtude do descumprimento da convenção coletiva vencida em março, deflagraram greve a partir das zero horas dessa quinta-feira (15).

Em um total desrespeito e violência contra a classe trabalhadora, a CPTM ofereceu zero de reajuste. Além disso, a empresa e o Governo do Estado deixaram de pagar duas parcelas do Programa de Participação nos Resultados de 2020.

Isso causou indignação aos trabalhadores que, em assembleia no dia 06 de julho decidiram que caso a Empresa não apresentasse uma proposta digna, seria decretada a greve a partir do dia 15.

Com o impasse, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) convocou os trabalhadores e a CPTM para uma conciliação na quarta-feira (14) e sugeriu que o reajuste fosse de 6,22%, mas até o momento a CPTM não se manifestou.

A greve foi então deflagrada pelo direito ao reajuste e contra o calote das duas parcelas do Programa de Participação nos Resultados.

Como em todas as categorias, este é o último recurso que os trabalhadores têm para que as empresas cumpram com suas obrigações e respeitem os direitos trabalhistas. Ressaltamos que a paralisação ocorre em um contexto em que o sucateamento do transporte ferroviário é aprofundado com o processo de privatização de várias linhas, o que prejudica os usuários e ameaça os trabalhadores das ferrovias.

Compreendemos a legitimidade e a importância da greve dos ferroviários e nos colocamos à serviço destes trabalhadores e trabalhadoras para restabelecer o dialogo e a negociação.

São Paulo, 15 de julho de 2021.

Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

Adílson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)

Ubiraci Dantas Oliveira (Bira), presidente da Central Geral do Trabalhadores Brasileiros (CGTB)

Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP – Conlutas

José Gozze, presidente – Pública Central do Servidor

Pela proposta encaminhada pelo governo no fim da tarde desta quinta, serão pagos 50% do plano de participação dos resultados em 10 de agosto, e o restante, com multa, em janeiro de 2022.

O governo também se comprometeu a orientar os órgãos jurídicos a não recorrerem ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) após os dissídios que serão julgados pela Justiça do Trabalho de SP com base no acordo que foi aceito pelos sindicatos.

Fonte: Rádio Peão Brasil/com informações de G1

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