JBS lucra alto, mas peca na segurança
Em 2013, a JBS faturava R$ 75 bilhões ao ano. Hoje, é seu faturamento trimestral. O faturamento anualizado ficará em R$ 300 bilhões.
De propriedade da família Batista, já é a maior empresa privada do Brasil. Seus negócios avançam até no cobiçado mercado dos Estados Unidos.
A lucratividade, destacada pelos grandes jornais, não foi prejudicada sequer pelo pagamento de dívida ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), por força de acordo. No ano passado, a JBS pagou R$ 1,1 bilhão ao órgão antitruste.
Boa de lucro, mas ruim na política de pessoal e segurança. É o que diz em artigo o sindicalista Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação CNTA Afins.
Ele escreve: “O setor de frigorífico, como um todo, está muito distante de proporcionar boas condições com política de valorização e investimentos na mão-de-obra penosa que os trabalhadores exercem”.
Artur aponta que “a JBS vem se firmando campeã no descumprimento de obrigações, seja referente a leis ou às normas regulamentadoras”.
NR – A Confederação vê a mão pesada da JBS, e outras do setor, na tentativa de desmanchar a Norma Regulamentadora 36, específica para a segurança nos frigoríficos.
Segundo o dirigente, “a quantidade de autuações nos frigoríficos por descumprimento de obrigações é alarmante”. Ele cita recente derrota judicial da empresa. Escreve Artur Bueno de Camargo: “A última ação contra a JBS, pelo que se saiba, é ação civil pública 0000846-86-2017-5-230056, julgada pela Justiça do Trabalho de Diamantino/MT. A empresa foi condenada a pagar R$ 1.000.000,00 por danos morais coletivos”.
MAIS – Site da CNTA Afins.
Fonte: Agência Sindical