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Metalúrgicos e petroleiros reagem a ofensiva patronal contra negociação coletiva

Representantes das categorias afirmam que só acordos mediados por sindicatos trazem melhorias para todos. Negociações individuais enfraquecem o conjunto dos empregados

Em campanha salarial, metalúrgicos e petroleiros estão enfrentando resistência das entidades patronais na negociação dos acordos coletivos de trabalho. Reflexo da “reforma” trabalhista do governo Temer, os patrões agora querem negociar individualmente com os trabalhadores. Sindicalistas alertam que esse modelo de negociação colocam em risco direitos conquistados historicamente e impondo perdas individuais e coletivas.

Para o presidente da Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo (FEM-CUT/SP), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, as investidas servem para atrapalhar a negociação coletiva “Para nós, o ideal seria que todos aguardassem para que a gente  consiga chegar à convenção coletiva que estabelecerá os mesmos parâmetros a todos os trabalhadores”, afirmou à jornalista Dayane Ponte, para o Seu Jornal, da TVT.

Ele explica que negociar individualmente não traz qualquer vantagem para o trabalhador e que a convenção coletiva acaba fazendo com que os benefícios e as conquistas se tornem uniformes para todos os trabalhadores da categoria, independentemente da cidade em que se encontre ou da empresa em que atua, coibindo tentativas de discriminação.

Petrobras

Para os petroleiros, a situação está pior. A categoria rejeitou as propostas da estatal, de reajuste salarial abaixo da inflação. A proposta também previa um novo modelo de distribuição de lucros, com bônus maiores a profissionais em níveis hierárquicos superiores, o que descontentou os petroleiros, que ameaçaram parar. Com a ameaça de greve, a empresa passou a pressionar por acordos individuais. Em busca de uma solução para o impasse, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) passou a mediar as negociações.

Segundo o diretor do  Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP) Alexandre Castilho, a reforma trabalhista representou um “rebaixamento” nos direitos gerais dos trabalhadores. “Um acordo coletivo é uma oportunidade de onde nós podemos avançar em cláusulas que garantem benefícios e garantem mais direitos. para o trabalhador. Vemos como essencial a aprovação de um bom acordo para toda a categoria”.

Ele diz que os dirigentes da empresa ameaçam até mesmo a não respeitar mais os sindicatos da categoria. “Isso enfraquece muito trabalhador. Quando ele está sozinho, conversando com o corpo gerencial da empresa para decidir os seus direitos, ele está isolado e numa posição fragilizada. A união da categoria, a união dos trabalhadores, é que dá a força necessária para nós conquistarmos um acordo coletivo que seja adequado para todos os trabalhadores.”

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT

Fonte: Rede Brasil Atual

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