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Ato protesta por violência contra a mulher e fecha ruas em Campinas

Manifestantes usaram cartazes com frases de repúdio ao machismo.
Motivo do protesto foi chacina com 12 vítimas na noite de réveillon.

Um ato pelo fim da violência contra as mulheres fechou ruas do Centro de Campinas, na noite de quinta-feira, dia 5. Os organizadores estimaram 1 mil participantes. O motivo foi a chacina que matou 12 pessoas da mesma família na noite de réveillon, entre elas nove mulheres, em uma casa na Vila Proost de Souza. Sidnei Ramis Araújo invadiu o local e assassinou a ex-esposa, o filho e outros dez parentes.

O protesto foi organizado por movimentos sociais de Campinas. A presidente do SEAAC Campinas e Região, Elizabete Prataviera, participou do ato. A concentração começou às 17h no Largo do Rosário e a passeata teve início 19h15. Durante o ato, as pessoas seguraram faixas e cartazes com frases em repúdio ao machismo. A manifestação terminou às 20h20 em frente à Prefeitura, sem incidentes, com um minuto de silêncio em memória das vítimas.

Muitas das mulheres que participaram da manifestação pintaram os rostos com tinta vermelha para simbolizar mãos sujas de sangue. A dona de casa Maria da Cruz estava passando pelo Centro com a neta de 7 anos, se informou sobre o ato e decidiu ficar no local. “Acho importante o protesto, está tudo muito perigoso, não existe mais amor para as mulheres”, afirmou.

Já Patrícia Lião, integrante do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do estado de São Paulo (Apeoesp) e do coletivo de mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT), explicou que o protesto é importante para debate das consequências do machismo na sociedade.

‘Isamara vive’
Ainda na concentração, os manifestantes cantaram “Isamara vive, Isamara viverá, se as mulheres não param de lutar”. Muitas mães com crianças também foram ao ato. A Emdec, empresa responsável pela gestão do trânsito, enviou agentes para auxiliar na interdição das vias.

Por volta das 18h40, os manifestantes fizeram uma “abertura” do ato com uso de um microfone no Largo do Rosário. O nome de cada uma das vítimas da chacina, ocorrida na noite de 31 de dezembro, foi lembrado. A estudante Giovanna Batália, de 17 anos, avaliou que a manifestação era essencial. “Precisamos mostrar nosso descontentamento e gerar mudanças.”

O professor da rede pública Hamed Mauch Bittar afirmou que fez questão de participar do protesto para combater o discurso de ódio e sensibilizar os homens. “A gente está aqui para fazer um levante contra a opressão, o machismo e que sensibilize os homens”, explicou.

Fonte: G1

 

 

 

 

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